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Edmundo González assina declaração e se autoproclama presidente da Venezuela

Edmundo González assina declaração e se autoproclama presidente da Venezuela

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Legenda: Edmundo González e María Corina Machado assinaram o comunicado
Foto: AFP

Contudo, o documento não possui legalidade, uma vez que o Conselho Nacional Eleitoral é o único capaz de consagrar um presidente


Escrito por Redação

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (5), Edmundo González autoproclamou-se o novo presidente da Venezuela. O político e a líder das forças democráticas María Corina Machado são contrários ao resultado da eleição desde 28 de julho, que atestou Nicolás Maduro como chefe do executivo nacional eleito. Além da dupla, diversos líderes mundiais também se opõem ao resultado votação e apontam González como o verdadeiro vitorioso. 

"Vencemos esta eleição sem qualquer discussão. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica, democrática e com resultados irreversíveis. Agora, cabe a todos nós fazer respeitar a voz do povo. Procede-se, de imediato, à proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República", informou nota assinado por Edmundo e por María Corina.

O documento não possui legalidade, pois conforme a legislação do país, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) é o único capaz de consagrar um presidente.

A nota dos políticos ainda informa que Maduro "se recusa a reconhecer que foi derrotado pelo país inteiro".

"Nós os pedimos [aos militares] que impeçam o desvario do regime contra o povo e a respeitar, e a fazer respeitar, os resultados das eleições de 28 de julho. Maduro deu um golpe de Estado que contraria toda a ordem constitucional e quer torná-los cúmplices disso. [...] Membros das Forças Armadas e dos corpos policiais, cumpram seus deveres institucionais, não reprimam o povo, acompanhem-no", continuou comunicado. 

Veja comunicado na íntegra

Venezuelanos, cidadãos militares e funcionários policiais,

A Venezuela e o mundo inteiro sabem que nas eleições do passado 28 de julho nossa vitória foi esmagadora. Desde o mais humilde cidadão, testemunha, membro de mesa, oficial das Forças Armadas, policial, até os organismos internacionais e governos, todos sabem disso. Com as atas em mãos, o planeta viu e reconheceu o triunfo das forças democráticas.

Estamos conscientes de que em todos os componentes das Forças Armadas Nacionais está presente a decisão de não reprimir os cidadãos que pacificamente reclamam seus direitos e sua vitória. Os venezuelanos não somos inimigos das Forças Armadas. Com essa disposição, os chamamos a impedir as ações de grupos organizados pela cúpula madurista, uma combinação de esquadrões militares e policiais e grupos armados à margem do Estado, que golpeiam, torturam e também matam, sob a proteção do poder maligno que representam. Vocês podem e devem parar essas ações de imediato. Nós os instamos a impedir o desvario do regime contra o povo e a respeitar, e a fazer respeitar, os resultados das eleições de 28 de julho. Maduro deu um golpe de Estado que contraria toda a ordem constitucional e quer torná-los cúmplices disso.

Vocês sabem que temos provas irrefutáveis da vitória. O relatório do Centro Carter é demolidor sobre as condições e o resultado eleitoral, enquanto Maduro tenta fabricar alguns resultados quando, além disso, o prazo legal para a publicação dos mesmos já venceu.

Membros das Forças Armadas e dos corpos policiais, cumpram seus deveres institucionais, não reprimam o povo, acompanhem-no.

Da mesma forma, pedimos a todos os venezuelanos que têm mães, pais, filhos, irmãos, cônjuges que são membros das Forças Armadas Nacionais ou funcionários policiais, que lhes exijam não reprimir, que desobedeçam ordens ilegais e que reconheçam a Soberania Popular, expressa nos votos do domingo, 28 de julho.

O novo governo da República, eleito democraticamente pelo povo venezuelano, oferece garantias àqueles que cumprirem com seu dever constitucional. Da mesma forma, destaca que não haverá impunidade. Esse é um compromisso que assumimos com cada um dos venezuelanos.

Vencemos esta eleição sem qualquer discussão. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica, democrática e com resultados irreversíveis. Agora, cabe a todos nós fazer respeitar a voz do povo. Procede-se, de imediato, à proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

06.08.2024