Vento persistente com origem nos EUA é considerado o responsável pela ondulação anormal, segundo autoridades; mudanças climáticas contribuíram para o desastre.
Segundo a AFP, no Equador, os dois óbitos registrados ocorreram em Manta, no Sudoeste do país. As ondas gigantes também impactaram 38 famílias e destruíram as residências de dois grupos familiares, que ficaram desabrigados.
"Foi um evento extremo que não estava nas previsões normais das ondas", afirmou Jorge Carrillo, secretário nacional de Gestão de Riscos do Equador.
No Chile, um homem de 30 anos que estava na praia Tres Islas, na cidade de Iquique, foi declarado morto após sucessivas "manobras de reanimação sem resultados positivos", de acordo com a Marinha chilena.
Já no Peru, foram fechados 101 dos 121 portos até o primeiro dia do próximo ano, com o intuito de minimizar os danos da tragédia. O acesso às praias recreativas e as atividades de pesca e lazer no meio marítimo também foram suspensos.
Além de Peru, Equador e Chile, a faixa litorânea de Tumbes e Piura também foi atingida por ondas gigantes.
O capitão da Marinha peruana, Enrique Varea, afirmou em entrevista que a ondulação foi gerada a milhares de quilômetros do Peru, nos Estados Unidos, e causada por "um vento persistente sobre a superfície do oceano".
O gerente de Defesa Civil da Prefeitura de Callao (Peru), Larry Linch, afirmou à AFP que, assim como em outros casos de desastres naturais, a origem das ondas gigantes está relacionada ao avanço das mudanças climáticas.
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Cariri Ativo
30.12.2024