Em 2019, uma barragem da Vale rompeu na cidade e deixou 270 pessoas mortas.
"Ele é um espaço que não só guarda os restos mortais e segmentos corpóreos, mas é lugar que mostra quem são essas pessoas, que dá cara, voz, dignifica, humaniza e faz com que eles deixem de ser um número de uma tragédia e passem a ser seres humanos", disse a presidente da Fundação, Fabíola Moulin.
O memorial
O projeto arquitetônico do Memorial Brumadinho foi feito pelo escritório Gustavo Penna & Arquitetos Associados.
O espaço conta com escultura-monumento, espaço meditativo, drusa de cristais e duas salas de exposição.
Como parte da memória da tragédia, os segmentos corpóreos das vítimas também estão em um espaço no memorial. Além disso, o jardim conta com ipês-amarelos plantados para homenagear os mortos pelo rompimento da barragem da Vale.
No total, o terreno onde foi construído o Memorial tem 9 hectares. Há uma predominância da cor marrom, como referência à lama causada pelo rompimento da barragem.
O local começa a funcionar para o público na próxima quarta-feira (29) e estará aberto à visitação de quarta a domingo. A entrada é gratuita.
Rompimento em Brumadinho
O rompimento da barragem Mina Córrego Feijão, da Vale, ocorreu em janeiro de 2019. Das 270 vítimas, 267 foram identificadas. Três seguem sem identificação seis anos depois da tragédia.
Além das perdas humanas, o rompimento também causou prejuízos ambientais, sociais e econômicos.
Foram despejados 12 milhões de metros cúbicos de rejeito em instalações da mineradora, em comunidades e no Rio Paraopeba.
A vegetação, a fauna e outros rios foram atingidos por centenas de quilômetros. Segundo o governo de Minas Gerais, o impacto foi sentido em mais de 20 municípios mineiros.
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Cariri Ativo
27.01.2025