Acidentes com escorpiões podem aumentar com as chuvas; saiba como prevenir - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Acidentes com escorpiões podem aumentar com as chuvas; saiba como prevenir

Acidentes com escorpiões podem aumentar com as chuvas; saiba como prevenir

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O escorpião amarelo é o tipo mais comum do Ceará

Durante o período chuvoso, é importante estar atento aos escorpiões. Esses artrópodes costumam viver na rede de esgoto e nas caixas de gordura das residências, assim como em locais escuros com entulho. De acordo com o assessor técnico do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Ivan Luiz de Almeida, os acidentes com esses animais tendem a aumentar durante a quadra chuvosa, que, no Ceará, ocorre entre fevereiro e maio. “Durante o inverno, os acidentes aumentam porque os possíveis abrigos deles ficam cheios de água, devido à quantidade de chuvas”, explica.

O escorpião amarelo é o tipo mais comum do Ceará e costuma ter acesso às casas pela rede de esgoto, soleiras de portas, janelas e pela fiação elétrica. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2024, foram registrados 12.050 acidentes com animais peçonhentos em todo o Estado. Destes, 7.407 foram causados por escorpiões, o que representa um percentual de 61%. Somente nos primeiros três meses de 2025, já ocorreram 749 acidentes com esses animais.

Uma das medidas de prevenção é combater as baratas, principal alimento dos escorpiões. “A limpeza dos ambientes é fundamental, assim como evitar o acúmulo de entulhos e manter ralos sempre fechados ou telados”.

Em caso de acidentes com animais domésticos, a prevenção ainda é mais importante, porque só existe soro para humanos. “Os tutores não devem deixar os pets chegarem próximo ou cheirarem esses animais, assim como devem sempre retirar os restos de alimentação, que podem acarretar a proliferação de baratas”.

Sintomas

A pessoa picada por um escorpião pode apresentar sintomas leves, moderados ou graves. Na manifestação leve, que corresponde à maioria dos casos, o principal sintoma é a dor local, podendo ser acompanhada por formigamento. “Nas pessoas, o veneno é capaz de afetar o sistema nervoso e causar muita dor no local da picada, podendo se estender para o membro inteiro. As dores acontecem imediatamente após o ataque. Nos casos moderados, os sintomas podem evoluir para suor excessivo, vômitos e taquicardia. Nos acidentes graves, além da dor intensa, pode acontecer salivação, insuficiência cardíaca, edema pulmonar e até a morte”, explica o assessor técnico.

Segundo o técnico, as crianças são a população mais sensível, em caso de picada. “Crianças de zero a dez anos ou com até 20 kg são as populações com maior risco de agravamento do quadro”, destaca.

A orientação, nesses casos, além de lavar o local com água e sabão, é procurar por atendimento médico o mais rápido possível. “A pessoa deve ir até uma emergência e, caso tenha matado o animal agressor, deve levar para apresentar no momento do atendimento”, orienta.

Vigilância 

O assessor técnico do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos da Sesa pontua que uma das estratégias da secretaria para prevenir acidentes, é apoiar a vigilância nos municípios. “Estamos sempre acompanhando os indicadores e fazendo trabalhos educacionais periódicos nos Vapt Vupts, escolas e instituições”.

Uma das estratégias da secretaria para prevenir acidentes é apoiar a vigilância nos municípios e fazer ações educativas

Caso a pessoa encontre um escorpião ou uma muda de pele desse artrópode em casa, é importante avisar à equipe de Zoonoses do seu município. “Todos os municípios são orientados a fazer ações preventivas em residências que registraram o aparecimento desses animais e em um raio de quatro casas nos arredores”.

Kelly Garcia - Ascom Sesa - Texto e Fotos
Juliel Veras - Arte gráfica

Cariri Ativo

07.03.2025