Maria Sueli Sobrinho, 48, tentava intimar o enteado do PM quando foi agredida
Segundo o G1, Daniel Wanderson do Nascimento, 49, deu uma cabeçada no rosto de Maria Sueli Sobrinho, 48.
"Em um dia que você deveria receber parabéns e felicitações [pelo Dia Internacional da Mulher], você recebe uma agressão como essa. O dano psicológico é pior que o físico. Eu gosto de trabalhar, sabe? A gente vê relato de mulheres que se sentem envergonhadas, mesmo sem terem feito nada. Agora, eu entendo", relatou a vítima.
Como começou o desentendimento?
Conforme o registro da oficial de Justiça, a vítima procurou pela casa do intimado, mas não encontrou a numeração. Foi quando ela decidiu perguntar aos vizinhos se alguém conhecia o homem e foi avisada sobre onde ele morava.
No local, ela viu um carro parado com uma mulher no banco do motorista, o intimado no banco de trás e o suspeito, o PM, no assento do passageiro.
Ela se aproximou, perguntou se o trio conhecia o intimado, o policial respondeu que era ele e pegou os papéis com a oficial. Depois, passou o documento para o enteado, o verdadeiro intimado, e foi orientado pela representante judicial que ele não deveria se apresentar como outra pessoa, porque isso poderia gerar problemas futuros.
"Ele se irritou muito quando falei isso. Foi uma reação que não entendi, não estava esperando. Tenho 19 anos de serviço", desabafou a vítima ao G1
Agressão
Irritado com Maria Sueli, Daniel Wanderson saiu do veículo descontrolado e partiu para cima dela. A vítima disse que o suspeito, inclusive, duvidou que ela era, de fato, oficial de Justiça.
No caminho até o carro para pegar sua documentação e comprovar que trabalha no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Sueli contou que o policial se irritou ainda mais.
"Eu falei que chamaria uma viatura, e ele falou: 'aqui, sua viatura', e me deu uma cabeçada no nariz. Eu falei para ele parar, que ele seria preso, foi aí que ele falou que não daria nada para ele, só lesão corporal, e me deu um soco na boca. Caí no chão atordoada, fiquei sem saber o que estava acontecendo", afirmou ela. O militar, depois, fugiu.
Intimidação
De acordo com o G1, os policiais que atenderam Sueli contaram que a encontraram na rua com o rosto ensanguentado. Eles, depois, entraram na casa do suspeito, e encontraram o enteado dele segurando uma pá para intimidar os agentes.
Outras duas mulheres estavam no local. Uma delas ligou para o suspeito, colocou o telefonema em viva-voz e ouviu o policial fornecer um nome falso e ameaçar o sargento que deu suporte à vítima. "Você é um 'terceirinho', eu sou antigão", teria afirmado o suspeito.
Logo em seguida, Daniel voltou para casa, se recusou a fornecer sua identificação e agrediu o policial que o algemou com um soco e um chute no testículo.
O caso é acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar.
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Cariri Ativo
10.03.2025