A PF obteve na Justiça o bloqueio de bens dos investigados. Com o golpe, o grupo criminoso arrecadou R$ 3 milhões.
Uma quadrilha de golpistas vitimou mais de 35 mil estudantes com um site falso de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Conforme informações da Polícia Federal, o esquema foi realizado no ano passado. Além de perderem o valor da inscrição, eles não puderam fazer a prova que é a principal forma de acesso ao ensino superior público.
O esquema arrecadou pelo menos R$ 3 milhões. Em operação, a Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (10), dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos na cidade de Praia Grande, em São Paulo.
A PF obteve na Justiça o bloqueio de bens dos investigados. Um deles, já tem 15 anotações criminais por estelionato.
Como era aplicado o golpe do Enem?
As investigações apontam que durante o período oficial de inscrições — entre 27 de maio e 14 de junho de 2024 — os investigados criaram diversas páginas falsas que imitavam o ambiente oficial do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que realiza o Enem.
Após preencherem o questionário de inscrição fraudulento, os usuários faziam um pagamento via pix, direcionado para uma conta bancária vinculada a uma empresa privada.
A mesma empresa aparece em reclamações na internet, feitas por pessoas que pagaram por produtos ou serviços, mas não receberam. A operação desta quinta-feira vai contribuir para que a Polícia Federal aprofunde as investigações para identificar possíveis outros envolvidos e responsabilizar o grupo pela prática de fraude eletrônica com uso de meio virtual, em continuidade delitiva.
A operação foi batizada com o nome "Só Oficial" para alertar os candidatos dos próximos anos a acessarem apenas o site oficial do exame e sempre verificar se a página em que estão navegando tem a extensão gov.br, que indica se tratar de site oficial do governo brasileiro.
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Cariri Ativo
11.07.2025