Bilionário prometeu punir parlamentares que apoiam projeto de corte de impostos promovido pelo presidente americano.
“Eu não sei. Acho que vamos precisar olhar. Acho que vamos ter que colocar o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) contra o Elon. Você sabe o que é o DOGE? O DOGE é o monstro que pode voltar e comer o Elon. Isso não seria terrível?”, disse Trump aos repórteres.
O mandatário afirmou, também, que as críticas de Musk são resultados do corte de benefícios dados pelo governo à construção de carros elétricos da montadora Tesla, que pertence ao bilionário. Nas redes sociais, o empresário voltou à discussão pública com Trump depois de semanas de silêncio por conta da aprovação do pacote fiscal, que chamou de “completamente insano e destrutivo”.
"Eles perderão as primárias no ano que vem, mesmo que seja a última coisa que eu faça na Terra", disse Musk na rede social X sobre os deputados e senadores que aprovam cortes de gastos, mas apoiam o projeto de lei orçamentária. Ele também pediu por um novo partido político, um “que realmente se importe com o povo”. "Deveriam abaixar a cabeça de vergonha!", afirmou.
Qual é a nacionalidade de Elon Musk?
Elon Musk nasceu em 28 de junho de 1971, em Pretória, uma das capitais oficiais da África do Sul. Ele ganhou a cidadania americana em 2002, o que lhe deu direito de residir livremente nos Estados Unidos.
Como funciona a desnaturalização?
Os casos de desnaturalização são raros nos EUA, e Donald Trump não tem poder executivo de promover um processo de revogação de cidadania, assim como o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS, na sigla em inglês), que lida com as questões de imigração.
Entre 1990 e 2017, foram registrados apenas 305 casos de desnaturalização registrados no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, uma média de cerca de 11 por ano.
O processo precisa passar pela decisão de um juiz de uma Corte Federal, vindo de uma ação civil ou criminal. Ou seja, Musk perderia a cidadania americana e depois seria deportado se fosse condenado por algum crime grave, tivesse ocultado ou promovido alguma irregularidade na documentação de naturalização, ou se fosse filiado a organizações hostis aos EUA, como células terroristas, por exemplo.
Os casos de desnaturalização se intensificaram no primeiro mandato de Trump, dobrando os números registrados entre 2016 para 2017, e é esperado que essa ação se intensifique com a nova política imigratória adotada neste segundo mandato do presidente.
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Cariri Ativo
02.07.2025