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Autoescolas do Ceará criticam proposta do Governo e dizem gerar 5 mil empregos

Autoescolas do Ceará criticam proposta do Governo e dizem gerar 5 mil empregos

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Legenda: O Ceará possui o quarto maior custo médio do Nordeste para tirar a CNH
Foto: Nah Jereissati

A medida, que pode gerar uma redução de até 80% nos custos para os novos motoristas, é classificada como "precipitada" pelas empresas


Escrito por
Victor Ximenesproducaodiario@svm.com.br


O segmento de autoescolas do Ceará reagiu à proposta do Governo Federal de acabar com a obrigatoriedade de aulas práticas e teóricas para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida, que pode gerar uma redução de até 80% nos custos para os novos motoristas, é classificada como "precipitada" pelas empresas.

"Carece de embasamento técnico e ignora o papel da formação de condutores na segurança viária", diz Eliardo Martins, presidente do sindicato das autoescolas do Ceará.

Segundo a entidade, essas empresas geram 5 mil empregos no Estado, com mais de 350 negócios ativos.

Estudo divulgado pelo Governo para embasar a proposta mostra que no Ceará, o custo médio para tirar a CNH na categoria AB é de pouco mais de R$ 3 mil. Desse valor, em torno de R$ 2 mil são destinados às autoescolas. "Esse valor é utilizado para custear folha de pagamento, manutenção da estrutura física, pagamento de impostos, gastos com veículos e combustível, além da formação e atualização de instrutores", diz a entidade.

Ranking do custo médio da CNH no Nordeste

  1. Bahia: R$ 4.120,75
  2. Pernambuco: R$ 3.416,44
  3. Sergipe: R$ 3.049,97
  4. Ceará: R$ 3.020,97
  5. Maranhão: R$ 2.858,01
  6. Rio Grande do Norte: R$ 2.806,00
  7. Piauí: R$ 2.401,00
  8. Alagoas: R$ 2.069,14
  9. Paraíba: R$ 1.950,40

O projeto do Ministério dos Transportes ainda está em construção pelo Governo. Não há prazo para a formalização da medida, mas, em linhas gerais, a proposta foi bem recebida pelo público geral. A não obrigatoriedade das aulas em autoescolas tem referência de países como Estados Unidos, Argentina e Japão.  

Para Martins, no entanto, o projeto é perigoso. “Formar condutores é salvar vidas. O trânsito brasileiro mata mais de 30 mil pessoas por ano, e boa parte dessas tragédias poderia ser evitada com mais formação, mais consciência e mais respeito às regras”, afirma.

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

14.08.2025