Caneta brasileira concorrente da Ozempic começa a ser vendida em farmácias do País nesta segunda (4) - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Caneta brasileira concorrente da Ozempic começa a ser vendida em farmácias do País nesta segunda (4)

Caneta brasileira concorrente da Ozempic começa a ser vendida em farmácias do País nesta segunda (4)

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Legenda: Desde junho, venda de canetas emagrecedoras só pode ser feita sob prescrição médica
Foto: Divulgação / EMS

Anvisa liberou a produção em dezembro do ano passado


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


O laboratório brasileiro EMS lançou, nesta segunda-feira (4), em farmácias de todo país, a primeira linha nacional de ‘canetas emagrecedoras’. A versão Olire será usada para combater a obesidade, e com uma dosagem diferente, a Lirux visa tratar a diabetes tipo 2.
A empresa diz que canetas brasileiras usam técnica mais rápida e barata para fabricação. Segundo a EMS, a tecnologia usada na concepção da caneta permite uma maior pureza da medicação 

Tendo recebido a liberação da produção por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro do ano passado, os produtos usam a liraglutida como princípio ativo. As duas versões chegam ao mercado como alternativa a Victoza e Saxenda, da empresa farmacêutica Novo Nordisk.

A EMS afirma que as canetas irão representar 25% do faturamento de toda a empresa nos seus dois primeiros anos no mercado, sendo que o investimento inicial foi de mais de R$ 1 bilhão para viabilizar a produção das canetas, que está concentrada em uma fábrica de peptídeos em Hortolândia (SP).

Na compra das canetas emagrecedoras é exigida desde junho a prescrição médica dos medicamentos, e ter o devido acompanhamento médico para os ajustes de dosagem sobre os possíveis efeitos colaterais é fundamental, com o profissional da área podendo ajustar dentro dos limites recomendados a aplicação na coxa, abdome ou parte superior do braço, a qualquer hora do dia.

Ao todo, cerca de 100 mil canetas de Olire e de 50 mil canetas de Lirux estarão disponíveis nas redes de farmácia Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco. Os valores variam, com os preços sugeridos indo de R$ 307,26 (embalagem com 1 caneta), R$ 507,07 (Lirux com 2 canetas) e R$ 760,61 (Olire com 3 canetas)

A expectativa do laboratório é de que 250 mil unidades das canetas cheguem ao mercado até o fim do ano, sendo um total de 500 mil até agosto do ano que vem, com a expansão para outras regiões para as próximas semanas, além da compra nas redes de farmácias, os produtos serão vendidos nos sites desses estabelecimentos. 

Dosagem e tratamento

Tanto a caneta Olire quanto o Lirux terão aplicação diária, assim como outras canetas do princípio ativo liraglutida já disponíveis. A versão Olire, que combate a obesidade, tem dosagem de 3 mg ao dia, enquanto a caneta para diabéticos Lirux terá dose máxima de até 1,8 mg ao dia, segundo o laboratório EMS. 

Jovens a partir de 12 anos poderão utilizar a caneta Olire no tratamento da obesidade e doenças relacinadas, como a dislipidemia (colesterol alto), por exemplo. Já o Lirux será indicado para pacientes acima de 10 anos de idade em tratamento contra diabetes tipo 2

Como funcionam

Ambas canetas reproduzem o chamado GLP-1, que é um hormônio produzido naturalmente no intestino e que é liberado na presença da glicose. Ele serve para "informar" ao cérebro que estamos satisfeitos e, por isso, diminui o apetite. 

Ao contrário das canetas importadas, como Victoza, o medicamento imita o hormônio GLP-1 produzido com a ajuda de bactérias geneticamente modificadas, sendo que a Olire e o Lirux utilizam peptídeos sintéticos para "montar" a substância.

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Cariri Ativo

05.08.2025