Nathalie Fernandes
O empresário Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que desarticulou um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda.
Além dele, outras três pessoas foram detidas: Artur Gomes da Silva Neto, auditor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Fazenda estadual paulista; Marcelo de Almeida Gouveia, auditor fiscal; e Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop.
A Operação Ícaro, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC) com apoio da Polícia Militar, identificou um grupo criminoso que favorecia empresas do setor de varejo em troca de vantagens indevidas. Além das prisões, foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão em residências e sedes das empresas investigadas.
Segundo o MP, o auditor recolhia documentação da Fast Shop e da Ultrafarma para solicitar ressarcimento de créditos de ICMS junto à Secretaria da Fazenda. Em troca, recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. Até o momento, ele teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas.
Na residência de um dos investigados, em Alphaville, a polícia apreendeu dois pacotes com esmeraldas, R$ 1 milhão em dinheiro, US$ 10 mil (cerca de R$ 54 mil) e 600 euros, guardados em um cofre.

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