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Caso Benício: Médica admitiu prescrição errada e não sabia como pedir leito de UTI

Caso Benício: Médica admitiu prescrição errada e não sabia como pedir leito de UTI

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Legenda: Os prints revelam diálogo entre médicos do hospital onde o menino Benício morreu.
Foto: Reprodução.

Juliana Brasil Santos pediu ajuda ao médico Enryko Garcia Carvalho Queiroz quando percebeu que errou a prescrição da medicação de Benício Xavier.


Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br


As mensagens de WhatsApp que circulam nas redes sociais, atribuídas à médica Juliana Brasil Santos, que prescreveu adrenalina intravenosa para o menino Benício Xavier, de 6 anos, são verdadeiras. A autenticidade dos prints foi atestada pela Polícia Civil do Amazonas nesta segunda-feira (1º).

Nos textos, a profissional admite para um colega do hospital — o médico Enryko Garcia Carvalho Queiroz — que errou a prescrição. "O que eu administro? Paciente desmaiou. Pelo amor de Deus. Eu errei a prescrição", assume Juliana.

Benício foi levado pelos pais ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite. A médica prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa de 3 ml a cada 30 minutos.

Benício morreu às 2h55 do último 23 de novembro no Hospital Santa Júlia, em Manaus. Segundo as mensagens da responsável pela medicação, o garoto ficou "amarelo" e passou mal após receber uma dosagem incorreta de adrenalina. O caso é investigado pela Polícia e pelo Ministério Público do Amazonas.

Reconheceu o erro

O médico Enryko Garcia foi quem confirmou às autoridades a veracidade do diálogo com Juliana. Em um trecho da conversa, parecendo desesperada, a médica perguntou a ele o código para pedir um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade. O colega respondeu: "Juliana, está em todas as mesas do consultório".

Segundo o g1, a médica garantiu que informou à mãe da criança que a medicação deveria ser administrada por via oral e disse que se surpreendeu com o fato de a equipe de enfermagem não ter questionado a prescrição registrada por ela — no caso, intravenosa.

O menino Benício tinha 6 anos. Era magro e tinha o cabelo preto. Na foto, usa uma camiseta branca e está sorrindo, de braços cruzados. Imagem usada em matéria sobre prints em que a médica admite prescrição errada de adrenalina.
Legenda: O menino Benício Xavier tinha 6 anos.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal.

"Meu filho nunca tinha tomado adrenalina pela veia, só por nebulização. Nós perguntamos, e a técnica disse que também nunca tinha aplicado por via intravenosa. Falou que estava na prescrição e que ela ia fazer", relatou o pai da criança.

O relatório elaborado pela UTI Pediátrica registrou que o menino deu entrada no setor após "administração errônea de adrenalina na veia" e descreveu que ele apresentou taquicardia, palidez e dificuldade para respirar, além de um quadro de "infecção por drogas que afetam o sistema nervoso".

diariodonordeste.verdesmares.com.br

Cariri Ativo

02.12.2025