O poder judiciário havia ordenado que Vaqueirinho fosse imediatamente encaminhado a hospital de tratamento psiquiátrico como medida de segurança.
No último dia 30 de outubro, o poder judiciário ordenou que o homem fosse imediatamente encaminhado ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, ou outro estabelecimento adequado, como medida de segurança.
A medida contra Vaqueirinho foi determinada após ele deteriorar o portão do Centro Educacional de Adolescentes (CEA), em janeiro. Acusado de dano qualificado, ele foi considerado inimputável pela Justiça, ou seja, inteiramente incapaz de compreender o caráter criminoso de seu ato.
Os autos do processo ainda apontam que o homem foi diagnosticado com esquizofrenia. As informações são do jornal O Globo.
Conforme a publicação, Vaqueirinho faltou a audiência e não foi intimado sobre a sentença antes de invadir o recinto de felinos no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa.
"Presença de delírios interpretativos, alucinações, pensamento desorganizado, afeto raso e discurso vago, consistentes com esquizofrenia. Reforçado por predisposição genética (mãe com esquizofrenia), internações prévias e acompanhamento psiquiátrico desde os 7 anos", diz o documento.
'Indivíduo de alta periculosidade'
Devido ao quadro psíquico do jovem, houve a exclusão da culpabilidade dele e a consequente absolvição imprópria, com aplicação obrigatória de medida de segurança, conforme a lei.
No processo, o juiz Rodrigo Marques Silva Lima chegou a afirmar que Vaqueirinho era "um indivíduo de alta periculosidade".
"O laudo é elucidativo e os autos confirmam a periculosidade. O réu, no momento da crise, demonstrou ser um indivíduo de alta periculosidade, sendo necessário o uso de força para contê-lo. Além disso, o documento anexado (Laudo Médico) relata seu comportamento em crise no presídio, estando 'desorientado, agitado e subindo nos telhados' e 'colocando sua integridade e de outros apenados e de policiais penais em risco', reforçando o juízo de periculosidade", afirmou o juiz.
No entendimento do magistrado, a internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico seria a decisão mais adequada para resguardar a ordem pública e o próprio Vaqueirinho. Ele fixou o prazo mínimo de um ano de internação.
O jovem foi levado na última semana para um Centro de Atenção Psicossocial (Caps), mas fugiu.
Como ocorreu o ataque no zoológico
Nesse domingo (30), Vaqueirinho escalou rapidamente uma parede de cerca de seis metros, ultrapassou as grades de segurança e utilizou uma árvore como apoio para acessar o recinto do animal.
Logo depois, foi atacado pela leoa e morreu em decorrência dos ferimentos. No momento do incidente, o parque estava aberto e recebia visitantes, de acordo com a Prefeitura de João Pessoa
Segundo as autoridades, o local foi fechado após o ataque. Equipes da Secretaria de Meio Ambiente (Seman) foram enviadas para apurar as circunstâncias do ocorrido e retirar o corpo do homem.
“A Prefeitura se solidariza com a família da vítima e esclarece que, apesar de toda segurança existente, que atende às normas técnicas, o homem insistiu na invasão, culminando nesse episódio lamentável”, declarou o órgão em nota.
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Cariri Ativo
02.12.2025


