Legenda: Os oito corpos seriam de pessoas não indígenasFoto: Divulgação/ApibAgentes da PF estiveram na região, próximo à base do Exército de Surucucu, para recolher os cadáveres e identificá-los.
POSICIONAMENTO DO GOVERNO
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que as ações de segurança na área vão ser intensificadas. Nesta segunda-feira (1º), foi enfática ao dizer que o "estado brasileiro não vai recuar face à criminalidade".
"O estado brasileiro não vai recuar face à criminalidade. As ações vão ser intensificadas. Vamos reforçar as equipes do Ibama, da PRF, da Polícia Federal, com as Forças Armadas, que é fundamental o suporte logístico, e toda parte operacional para que a gente possa dar uma respostas a altura", afirmou Marina.
Na tarde de hoje, Marina e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, sobrevoaram a região do ataque. Além de aumentarem as ações de segurança, devem intensificar operações para desativas os garimpos ilegais. Desde fevereiro, mais de 327 acampamentos de garimpeiros foram destruídos.
CONFRONTO ENTRE GARIMPEIROS E A PRF
Além do ocorrido no domingo, garimpeiros ilegais já haviam entrado em conflito com a PRF outras vezes. O primeiro ataque a tiros foi no dia 23 de fevereiro, na base de fiscalização montada na comunidade Palimiú, no rio Uraricoera. Garimpeiros armados furaram o bloqueio e atiraram contra agentes do Ibama. Um dos invasores foi baleado na reação da polícia.
Outro confronto ocorreu no dia 14 de março, durante abordagem a garimpeiros na região de Waikás, no Rio Uraricoera. Ninguém ficou ferido e dois garimpeiros foram detidos.
O último ataque ocorreu na região do rio Couto de Magalhães, no dia 28 de abril. Garimpeiros alvejaram o helicóptero em que os agentes da PRF estavam, mas ninguém se feriu. Os equipamentos dos invasores foram destruídos pelo Ibama e PRF.