Caminhoneiro ficou milionário por engano de banco e busca recompensa; entenda o caso - Cariri Ativo - A Notícia Com Credibilidade e Imparcialidade
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Caminhoneiro ficou milionário por engano de banco e busca recompensa; entenda o caso

Caminhoneiro ficou milionário por engano de banco e busca recompensa; entenda o caso

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Antônio Pereira do Nascimento, após receber por engano mais de 130 milhões de reais em 2023, pede indenização do Bradesco; entenda / Crédito: reprodução / TV Anhanguera
Defesa pede R$ 13 milhões e indenização por danos morais. Porém, até o momento o banco não fez acordo. Veja o que diz advogado de Direito Bancário.

Autor Danielle Christine

O motorista Antônio Pereira do Nascimento, que recebeu R$ 131 milhões por engano em uma transferência bancária, seguirá com o processo na Justiça requerendo uma recompensa de 10% do valor. A primeira audiência ocorreu nessa terça-feira, 18, mas não houve proposta de acordo por parte do Banco Bradesco, segundo a defesa do motorista.

Idoso ficou milionário por engano e pede de recompensa

O montante foi depositado erroneamente na conta do motorista em junho de 2023.

A defesa de Antônio pede R$ 13 milhões como recompensa e R$ 150 mil por danos morais, alegando que ele sofreu abalo emocional e cobranças indevidas após o erro bancário. 

A audiência dessa semana foi rápida e o banco informou que, neste momento, não tem uma proposta de acordo

Agora, tem 15 dias para contestar a ação e rebater os pedidos feitos pela defesa do motorista. Ainda não há previsão para uma nova audiência.

Idoso ficou milionário por engano: como funciona a base legal do pedido?

Antônio, cliente do Bradesco há 25 anos, recebeu R$ 131.870.227,00 em junho de 2023. Ao notar o valor inesperado, entrou em contato com o banco para informar o erro e devolver o dinheiro. Após a correção, sua conta voltou ao saldo anterior de R$ 227.

A defesa do idoso sustenta que ele tem direito a uma recompensa de 10% do valor recebido, conforme o artigo 1.234 do Código Civil, o qual prevê compensação para quem devolve algo perdido. O banco, no entanto, ainda não se manifestou sobre esse ponto.

O advogado Rafael Guazelli, especialista em Direito Bancário, explica que o conceito de “coisa perdida” deve ser analisado com cautela.

“A recompensa prevista no Código Civil é cabível quando alguém encontra um bem ou quantia perdida e a devolve ao dono. No entanto, quando há uma transação bancária feita por engano, a situação é diferente, pois se sabe quem foi o remetente e o destinatário do valor”, aponta.

Guazelli acrescenta que, no caso de Antônio, o montante não foi propriamente “descoberto” pelo motorista, mas sim enviado erroneamente pelo banco, o que pode enfraquecer a tese da defesa.

“Ele apenas cumpriu a obrigação legal de devolver um valor que não lhe pertencia, sem precisar procurar o dono, pois a origem do dinheiro era conhecida”, explica o advogado.

Idoso ficou milionário por engano: quais são as alegações da defesa?

Mesmo tendo devolvido o dinheiro de forma espontânea, o motorista relata ter enfrentado pressões e desgaste emocional.

A defesa argumenta que ele foi alvo de forte pressão psicológica por parte do gerente da agência e que, mesmo mais de um ano depois, ainda lida com cobranças indevidas e problemas emocionais.

Em entrevista à TV Anhanguera, Antônio comentou sobre a surpresa ao ver o saldo milionário. “Nunca vi um dinheiro desse na minha vida e não consigo receber esse valor nunca, só se eu ganhar na Mega-Sena, mas eu não jogo; então, é difícil”, afirmou.

Sobre o pedido de danos morais, Guazelli explica que dependerá das provas apresentadas. “Para que o dano moral seja reconhecido, será necessário demonstrar que houve um abalo emocional significativo. O juiz analisará as provas trazidas ao processo para decidir se o banco deve ser responsabilizado”, detalha.

Idoso ficou milionário por engano: saiba o que aconteceu

Em junho de 2023, Antônio Pereira do Nascimento, motorista e cliente do Bradesco há 25 anos, recebeu R$ 131 milhões por engano em sua conta bancária. Assim que percebeu o erro, ele entrou em contato com o banco e devolveu o valor.

No entanto, a defesa do motorista alega que ele sofreu pressão psicológica para realizar a devolução e enfrentou abalo emocional e cobranças indevidas. Agora, ele busca na Justiça uma recompensa de 10% do valor recebido, além de indenização por danos morais.

opovo.com.br

Cariri Ativo

20.02.2025